O Estado de São Paulo

Seção: Casa e Família

Data: 06 de maio de 2001

Pressão com aparelho aprovado

O esfigmomanômetro, ou aparelho de medir pressão arterial, deve ser aprovado pelo Ipem
Adejayr Cyro Trigo

Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelam que 20 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão, doença que não apresenta sintomas e que mata. O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, órgão responsável pela verificação dos medidores de pressão arterial - tecnicamente chamados de esfigmomanômetros - utilizados por médicos para diagnosticar a doença, alerta para o uso de aparelhos com irregularidades que podem comprometer a exatidão da leitura.

Conforme regulamento técnico metrológico, os esfigmomanômetros, nacionais e importados, devem passar pela aprovação inicial do Ipem, nas dependências dos fabricantes e/ou importadores, antes de comercializados. Somente no ano passado, o Ipem verificou mais de 210 mil aparelhos.

Depois de aprovado, o esfigmomanômetro recebe um selo com o logotipo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), com número de identificação e ano de verificação. O instrumento deve apresentar também nome ou marca e endereço do fabricante, país de origem, número do lote de fabricação e instruções para leitura e utilização.

Os esfigmomanômetros devem ser calibrados a cada ano. E, após conserto ou manutenção, ele somente poderá ser utilizado depois de nova verificação pelo Ipem. O cidadão tem o direito, quando em consulta médica, de exigir um instrumento aprovado. Caso contrário, poderá ser prejudicado por diagnósticos errados, com riscos para sua saúde. E o médico tem o dever de cuidar da manutenção de seus aparelhos, calibrando-os periodicamente.