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Massageadores elétricos: agora, é com a polícia
Policiais da Delegacia de Crimes Contra a Fé Pública da Divisão de Investigações Gerais da Polícia Civil apreenderam antenontem 400 aparelhos massageadores proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os produtos foram contrabandeados do Paraguai e seriam repassados para camelôs da região da rua 25 de Março. O dono da mercadoria foi indiciado por crime contra a saúde pública. Seu nome não foi divulgado para não atrapalhar as investigações, segundo o delegado Carlos Alberto Delaye Carvalho. "Esses aparelhos custam em média R$ 300,00 e seriam vendidos a R$ 30,00 no comércio ambulante", revelou. A multa para quem vender o produto vai de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Juarez Ortiz, todos os aparelhos de ginástica passiva, como Elysée Belt Plus 8 Pads e AB Force, devem ser retirados do mercado até que exista um estudo comprovando se os produtos fazem ou não mal à saúde. "Sabemos que pessoas cardíacas não podem usar o massageador, mas queremos estudos que comprovem que o produto não prejudica pessoas sem problemas no coração", disse o cardiologista, que encaminhou uma carta à Vigilância Sanitária solicitando esclarecimentos sobre os produtos. A Anvisa divulgou, no dia 21 de agosto, uma lista de aparelhos interditados por não apresentarem registro e documentação comprovando segurança e eficácia. Os produtos proibidos pela Anvisa são Elysée Belt Plus 8 Pads, Fast ABS, AB Tronic Pro, AB Tronic Gel Condutor, AB Force, AB Gymnic com Gel Braspart, AB Toner, AB Tronic Wonder Sim Shorts, Gel Condutor Polishop, Gel Condutor Connection Line, Body Building Belt e Energym M. O dono da Brazil Connection, Mario Kohn, disse enfrentar dificuldades para registrar o AB Toner. "Estamos com o pedido de registro há muito tempo, mas a Anvisa quer um laudo da USP (Universidade de São Paulo) que não está ciente desse pedido." A empresa importa também o massageador Elysée Belt, cuja garota-propaganda é a modelo Joana Prado, a Feiticeira. "Com esse, está tudo em ordem." Segundo a Anvisa, não há nenhuma determinação de instituição para fazer a comprovação de eficácia e segurança do produto.
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