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Gulbenkian e museus nacionais têm peças para a troca
Fonte: Jornal Público

Reportagem do Jornal Público – Domingo 20 de abril de 2008 – pág. 13.
Inês Nadais


São duas tapeçarias de Bruxelas como nunca as vimos, porque até anteontem estavam “longe do público, nas reservas da Gulbenkian”. Vamos passar a vê-las no Museu Nacional Soares dos Reis, e ainda vamos ver mais do que isso: o presidente do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), Manuel Bairrão Oleiro, e o presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar, assinaram ontem no Porto um protocolo que não é o princípio de uma bela amizade, mas é o princípio de uma lógica de troca direta entre o acervo da fundação e as coleções dos museus nacionais.

Além das duas tapeçarias do século XVII, a Gulbenkian cedeu ao Soares dos Reis duas camas em pau santo e ao Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) duas credencias italianas do século XVIII, um óleo de Thomas Lawrence e dois Retratos dos Segundos Marqueses de Pombal. A peça que o IMC deu para a troca é um torso de Apolo greco-romano, até aqui depositado no MNAA. É um intercâmbio que faz “todo o sentido”, notou Rui Vilar: Calouste Gulbenkian viveu os últimos 13 anos da sua vida em Portugal. Nunca comprou casa, nunca comprou arte portuguesa e nunca freqüentou a sociedade lisboeta – mas visitava o MNAA e o relacionamento que teve com o então diretor do museu, João Couto, resultou na doação de um torso greco-romano, de uma escultura de Rodin e de alguma pintura francesa da Escola de Barbizon. Esse torso que ele próprio escolheu vai agora ficar mais próximo da coleção que legou à fundação.

Em contrapartida, algumas peças que a fundação adquiriu antes de definir as suas coleções e que deixaram, entretanto de caber no espírito do Museu Calouste Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão viajam agora para os museus tutelados pelo IMC. “O patrimônio da fundação existe para servir - e serve melhor em coleções que lhe dão sentido do que nas nossas reservas, longe do público”, disse ainda Rui Vilar. O protocolo tem a duração de cinco anos, renováveis por períodos de um ano.


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