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Unesco inicia sessão para definir novos Patrimônios da Humanidade
Fonte: _
Julio César Rivas Toronto (Canadá), 2 jul (EFE).
Representantes de 21 países começam hoje na cidade de Québec, no
Canadá, a 32ª sessão anual do comitê de Patrimônio Mundial da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco) para determinar quais novas localidades passarão a ser
consideradas tesouros da humanidade.
Cerca de 800 pessoas no total, entre diplomatas e especialistas em
patrimônio, terão que decidir até 10 de julho a possível inclusão de
13 lugares naturais e 34 culturais situados em 41 países nessa
categoria.
Cinco destes países (Arábia Saudita, Quirguistão, Papua Nova Guiné,
San Marino e Vanuatu) ainda não contam com nenhum local considerado
patrimônio da humanidade pela Unesco.
Atualmente, a Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial
Cultural e Natural da Unesco é composta por 851 lugares (660
culturais, 166 naturais e 25 mistos) em 141 países.
Entre as novas candidaturas na categoria de tesouros naturais estão
incluídas a ilha vulcânica Surtsey da Islândia; as lagoas de Nova
Caledônia, no Pacífico; o arquipélago de Socotorá (Iêmen); o Parque
Nacional do Monte Sanqingshan (China); o Lago de Hovsgol (mongólia)
ou a Montanha sagrada de Sulaiman-Too (Quirguistão).
O Brasil tem como candidata a Praça de São Francisco, em São
cristóvão, no Sergipe. O local foi construído no final do século
XVII e a cidade é a quarta mais antiga do país.
A Espanha apresentou a ampliação do lugar da caverna de Altamira, a
chamada "capela Sistina" da arte rupestre paleolítica.
Na América Latina, as candidatas são a Pedreira da Fábrica Nacional
de Cimentos S.A. (FANCESA) no Cal Orck''O (Colina do Cal) de Sucre
(Bolívia); a localidade mexicana de San Miguel e a Reserva de
biosfera da borboleta monarca (México); Buenos Aires por sua
paisagem cultural e o Centro histórico de Camaguey (Cuba).
A lista de candidatas latino-americanas termina com a cidade
histórica de San Miguel de Allende e santuário de Jesus de Nazaré de
Atotonilco (México) e a Catedral de León, na Nicarágua.
A reunião não está isenta de polêmica, já que o ministro de Assuntos
Exteriores tailandês, Noppadon Pattama, anunciou hoje que viajará a
Québec para explicar a oposição das autoridades de seu país à
inclusão do local sagrado do templo hindu do século XI Preah Vihear
(Camboja).
O templo se encontra na fronteira entre os dois países e a Tailândia
já bloqueou, em 2006 e 2007, as tentativas cambojanas de declarar o
conjunto arquitetônico como patrimônio da humanidade, pois as
autoridades dessa nação incluíram vários quilômetros quadrados de
terreno envolvido em uma disputa de fronteiras.
Embora, em maio, o Camboja tenha modificado os mapas para excluir o
território em disputa, a Tailândia continua se opondo à inclusão do
templo na lista da Unesco.
A reunião de Québec também analisará o estado de conservação dos 30
lugares incluídos na Lista de Patrimônio da Humanidade em Perigo.
Os membros do comitê darão especial atenção ao vale do Elba
(Alemanha), ameaçado pela construção de uma ponte.
Os especialistas também debaterão a conveniência de incluir as
ruínas peruanas de Machu Picchu na lista do patrimônio em perigo.
A histórica cidade inca está ameaçada tanto por problemas naturais,
como deslizamentos de terreno, quanto pelas atividades humanas, já
que quase um milhão de pessoas visitam as ruínas arquitetônicas a
cada ano.
A reunião acontece perto do centro histórico de Québec, Patrimônio
Cultural da Humanidade e que, em 3 de julho, celebrará 400 anos de
criação, o que o transforma no assentamento humano estável mais
antigo da América do Norte. EFE. |
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